segunda-feira, 10 de junho de 2013

História dos Papas

“O Romano Pontífice, como sucessor de Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da unidade quer dos Bispos quer da multidão dos fiéis”, Lumen Gentium 23.
O Catecismo da Igreja Católica (CaIC) explica que, ao chamar os 12 apóstolos, Cristo os organizou como um corpo colegial e deu a Pedro a posição de líder. “Assim como, por instituição do Senhor, Pedro e os outros apóstolos formam um só colégio apostólico, assim de igual modo o pontífice romano, sucessor de Pedro, e os bispos, sucessores de Apóstolos, estão unidos entre si”. (CaIC 404).
O CaIC esclarece também que foi a Pedro que Cristo fez pedra da Igreja e pastor do rebanho. “Este múnus pastoral de Pedro e dos outros apóstolos pertence aos fundamentos da Igreja e é continuado pelos bispos sob o primado do Papa”. (CaIC 881)
A começar por Pedro, Roma já teve 266 bispos. Estes homens que ocuparam a Cátedra de Pedro foram constituídos vigários de Cristo e Sumo Pontífices. Assim como Simão passou a chamar-se Pedro pelo Senhor, outros papas seguiram a mesma tradição e mudaram seus nomes. Os nomes mais frequentemente escolhidos foram: João (23 vezes), Gregório (16), Bento (16), Clemente (14), Inocêncio (13) e Leão (13).
            Que tal conhecer um pouquinho da história desses homens que por amor a Deus, e obediência ao chamado que receberam, doaram suas vidas pela construção do Reino e se tornaram exemplos de fé e de amor pela Igreja. A partir de hoje, aqui no blog do Seminário Maria Mãe da Igreja, você poderá conhecer um pouquinho mais da história dos papas.
E para começar, nada melhor do que conhecer o que é um Papa, qual sua função e qual sua importância para a Igreja. Boa Leitura!




O que é um Papa?

Papa é o título dado ao Bispo e Patriarca de Roma, supremo líder espiritual da Igreja Católica Apostólica Romana, e chefe do Estado da Cidade do Vaticano.
O primeiro Papa foi São Pedro, a quem Jesus Cristo disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra construirei a minha Igreja. A ti darei as chaves do reino dos céus; e tudo o que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra será desligado nos céus” (Mateus, 16, 13-20).
Como Pedro terminou seus dias em Roma, no seio da Igreja Romana, dando aí o seu supremo testemunho de amor a Nosso Senhor, derramando seu sangue por Cristo, os Bispos de Roma são sucessores de Pedro. Como Pedro, a missão deles é sempre recordar, custodiar e proclamar a experiência fundamental da nossa fé: Jesus morto e ressuscitado é o Cristo, o Filho do Deus vivo, o Salvador! O Papa é, então, Sucessor de Pedro como Bispo da Arquidiocese de Roma.
O Sumo Pontífice exerce também um poder político como Chefe de Estado da Cidade do Vaticano, donde detém os poderes legislativo, executivo e judicial. Nos dias de hoje, o papel político do Papa traduz-se no exercício de um cargo cerimonial, religioso e diplomático de grande importância, pois, ao mesmo tempo em que é soberano do menor país do mundo, também é líder de uma religião com bilhões de seguidores.

Vale lembrar que ninguém se faz Papa, não existe “candidatos” eleitos em votação democrática. É Deus quem o escolhe para colocá-lo à frente de Sua Igreja por meio de um Conclave (votação secreta dos cardeais com menos de 80 anos). O cargo é vitalício, e na história da Igreja, apenas quatro Pontífices renunciaram à Cátedra de Pedro. Bento XVI entra para a história como o 5º a renunciar como Bispo de Roma.
O Papa, junto com seus sucessores, os bispos, são o fundamento visível da unidade da Igreja Católica. É ele quem deve confirmar os irmãos na fé, com espírito de serviço e caridade, pois esta foi a missão confiada a ele pelo próprio Jesus: “Apascenta as minhas ovelhas” (João 21, 17).
O Papa dispõe, para os católicos, de autoridade religiosa em matéria de fé e moral. É igualmente quem aprova e, geralmente, preside as cerimônias de beatificação ou canonização, assim como nomeia os cardeais. O Concílio do Vaticano I, de 1869-1870, definiu o dogma da “Infalibilidade Papal”, pelo qual os pronunciamentos oficiais do Papa, em unidade com o colégio universal dos bispos,  a respeito da fé e moral não apresentam possibilidade de erro.

Seguir o Sumo Pontífice é a certeza de estar em comunhão plena com Cristo, por isso se diz que o Papa é fundamento visível da unidade.

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