“O Romano Pontífice,
como sucessor de Pedro, é o perpétuo e visível princípio e fundamento da
unidade quer dos Bispos quer da multidão dos fiéis”, Lumen Gentium 23.
O Catecismo da Igreja
Católica (CaIC) explica que, ao chamar os 12 apóstolos, Cristo os organizou como
um corpo colegial e deu a Pedro a posição de líder. “Assim como, por
instituição do Senhor, Pedro e os outros apóstolos formam um só colégio
apostólico, assim de igual modo o pontífice romano, sucessor de Pedro, e os
bispos, sucessores de Apóstolos, estão unidos entre si”. (CaIC 404).
O CaIC esclarece
também que foi a Pedro que Cristo fez pedra da Igreja e pastor do rebanho.
“Este múnus pastoral de Pedro e dos outros apóstolos pertence aos fundamentos
da Igreja e é continuado pelos bispos sob o primado do Papa”. (CaIC 881)
A começar por Pedro,
Roma já teve 266 bispos. Estes homens que ocuparam a Cátedra de Pedro foram
constituídos vigários de Cristo e Sumo Pontífices. Assim como Simão passou a
chamar-se Pedro pelo Senhor, outros papas seguiram a mesma tradição e mudaram
seus nomes. Os nomes mais frequentemente escolhidos foram: João (23 vezes),
Gregório (16), Bento (16), Clemente (14), Inocêncio (13) e Leão (13).
Que
tal conhecer um pouquinho da história desses homens que por amor a Deus, e obediência
ao chamado que receberam, doaram suas vidas pela construção do Reino e se
tornaram exemplos de fé e de amor pela Igreja. A partir de hoje, aqui no blog
do Seminário Maria Mãe da Igreja, você poderá conhecer um pouquinho mais da
história dos papas.
E para começar, nada
melhor do que conhecer o que é um Papa, qual sua função e qual sua importância para
a Igreja. Boa Leitura!
O que é um Papa?
Papa é o título dado
ao Bispo e Patriarca de Roma, supremo líder espiritual da Igreja Católica
Apostólica Romana, e chefe do Estado da Cidade do Vaticano.
O primeiro Papa foi
São Pedro, a quem Jesus Cristo disse: “Tu és Pedro e sobre esta pedra
construirei a minha Igreja. A ti darei as chaves do reino dos céus; e tudo o
que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na terra
será desligado nos céus” (Mateus, 16, 13-20).
Como Pedro terminou
seus dias em Roma, no seio da Igreja Romana, dando aí o seu supremo testemunho
de amor a Nosso Senhor, derramando seu sangue por Cristo, os Bispos de Roma são
sucessores de Pedro. Como Pedro, a missão deles é sempre recordar, custodiar e
proclamar a experiência fundamental da nossa fé: Jesus morto e ressuscitado é o
Cristo, o Filho do Deus vivo, o Salvador! O Papa é, então, Sucessor de Pedro
como Bispo da Arquidiocese de Roma.
O Sumo Pontífice
exerce também um poder político como Chefe de Estado da Cidade do Vaticano,
donde detém os poderes legislativo, executivo e judicial. Nos dias de hoje, o
papel político do Papa traduz-se no exercício de um cargo cerimonial, religioso
e diplomático de grande importância, pois, ao mesmo tempo em que é soberano do
menor país do mundo, também é líder de uma religião com bilhões de seguidores.
Vale lembrar que ninguém
se faz Papa, não existe “candidatos” eleitos em votação democrática. É Deus
quem o escolhe para colocá-lo à frente de Sua Igreja por meio de um Conclave
(votação secreta dos cardeais com menos de 80 anos). O cargo é vitalício,
e na história da Igreja, apenas quatro Pontífices renunciaram à Cátedra de
Pedro. Bento XVI entra para a história como o 5º a renunciar como Bispo de Roma.
O Papa, junto com
seus sucessores, os bispos, são o fundamento visível da unidade da Igreja
Católica. É ele quem deve confirmar os irmãos na fé, com espírito de serviço e
caridade, pois esta foi a missão confiada a ele pelo próprio Jesus: “Apascenta
as minhas ovelhas” (João 21, 17).
O Papa dispõe, para
os católicos, de autoridade religiosa em matéria de fé e moral. É igualmente
quem aprova e, geralmente, preside as cerimônias de beatificação ou
canonização, assim como nomeia os cardeais. O Concílio do Vaticano I, de
1869-1870, definiu o dogma da “Infalibilidade Papal”, pelo qual os
pronunciamentos oficiais do Papa, em unidade com o colégio universal dos
bispos, a respeito da fé e moral não apresentam possibilidade de erro.
Seguir o Sumo Pontífice é a
certeza de estar em comunhão plena com Cristo, por isso se diz que o Papa
é fundamento visível da unidade.
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