A liturgia deste
domingo propõe-nos, de novo, a reflexão sobre a nossa relação com os bens deste
mundo… Convida-nos a vê-los, não como algo que nos pertence de forma exclusiva,
mas como dons que Deus colocou nas nossas mãos, para que os administremos e partilhemos,
com gratuidade e amor.
Na primeira leitura,
o profeta Amós denuncia violentamente uma classe dirigente ociosa, que vive no
luxo à custa da exploração dos pobres e que não se preocupa minimamente com o
sofrimento e a miséria dos humildes. O profeta anuncia que Deus não vai pactuar
com esta situação, pois este sistema de egoísmo e injustiça não tem nada a ver
com o projeto que Deus sonhou para os homens e para o mundo.
O Evangelho
apresenta-nos, através da parábola do rico e do pobre Lázaro, uma catequese
sobre a posse dos bens… Na perspectiva de Lucas, a riqueza é sempre um pecado,
pois supõe a apropriação, em benefício próprio, de dons de Deus que se destinam
a todos os homens… Por isso, o rico é condenado e Lázaro recompensado.
A segunda leitura não
apresenta uma relação direta com o tema deste domingo… Traça o perfil do
“homem de Deus”: deve ser alguém que ama os irmãos, que é paciente, que é
brando, que é justo e que transmite fielmente a proposta de Jesus. Poderíamos,
também, acrescentar que é alguém que não vive para si, mas que vive para
partilhar tudo o que é e que tem com os irmãos?
Fonte: http://www.dehonianos.org
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