Por
alguns dias, os olhares de todo o mundo estiveram voltados para a
juventude reunida na cidade do Rio de Janeiro. Flashes incontáveis
na praia de Copacabana, lentes postas em busca da melhor imagem do
encontro do Papa Francisco com os jovens, tudo como parte de uma cena
que ficaria marcada na história, sobretudo do Brasil e dos milhões
de jovens que ali estavam. Tudo, de alguma maneira, ficou eternizado.
Mas o modo mais eficaz de se manter viva a lembrança do que foi a
Jornada Mundial da Juventude Rio 2013, é na própria vida, o
testemunho que oferecemos ao mundo como fruto das sementes lançadas
neste grande encontro de fé.
Costumo
recordar de um episódio narrado no evangelho de João. Jesus, que já
havia ressuscitado, aparece aos discípulos durante uma pesca, no
Lago de Tiberíades, e come com eles. Em seguida, inicia um diálogo
com Pedro, perguntando: “Pedro, Tu me amas?”. Certamente nos
recordamos da sua resposta: “Sim, Senhor sabes que te amo.” Mas o
diálogo não termina assim, com uma profissão de amor, Jesus vai
além: “Apascenta minhas ovelhas.” E depois, ainda acrescenta:
“Segue-me!” (Jo 21, 15-19). Trago essas palavras para lembrar que
quando somos discípulos de Jesus e assumimos nosso amor por ele,
devemos também nos lembrar de que um amor não se pode ser revestido
apenas de palavras. É só olharmos para os nossos jovens apaixonados
de hoje, são muito criativos quando o assunto é expressar seus
sentimentos: mandam flores, escrevem cartas, dão presentes, saem
para se divertir, etc. De alguma maneira, fazem com que outra pessoa
se sinta importante em sua vida.
A
essa altura já deve estar se perguntando: “Como demonstro o amor
que sinto pelas pessoas?”.
A
proposta do evangelho e uma das necessidades dos dias de hoje é de
que uma vez assumido o desafio da missão de caminhar com Cristo,
devemos torná-lo vivo através de nossas ações e do nosso modo de
vida, ou seja, fazer como Ele fez: mostrou em gestos o que é o amor.
Vale lembrar que nada como um jovem para evangelizar outros jovens,
como nos dizia Papa Francisco no Rio de Janeiro. Tecer em nossa
própria vida a missão de discípulos e missionários, levar Cristo
como proposta de vida, como um amigo fiel que não nos abandona
nunca.
Acredito que como eu, você tenha ouvido ou até dito a afirmação:
“Tenho que primeiro aprender e depois tentar ensinar”, mas diria
que o caminho se constrói a medida que nós caminhamos. Jesus nos
pega pela mão e nos ajuda a caminhar, durante este percurso a missão
acontece. Neste caminho, a formação é parte fundamental, pois o
ato de ouvir é essencial para quem pretende falar. Se estou disposto
a expressar a grande beleza que é estar com Jesus, Ele mesmo será
minha fonte, onde buscarei a fortaleza, sabedoria, a Luz, como
caminhar com um candeeiro à frente para iluminar o caminho. Se por
algum momento eu achar que posso caminhar sem essa luz, me deixando
guiar pelas minhas próprias forças, os riscos do caminho a ser
trilhado, me farão desanimar. Portanto, o primeiro passo é estar
próximo à Luz, pela oração, pela caridade, pelo serviço, assim
como os ramos sustentados pela videira.
Sejamos firmes na missão que assumimos ao ouvir o apelo de Cristo através da necessidade da Igreja!
Que a Luz do Espírito Santo nos ajude a discernir e a estarmos disponíveis ao chamado de Deus em nossa vida.
Cleiton Silveira
Seminário Maria Mãe da Igreja II Ano- Filosofia
Diocese de Toledo
Nenhum comentário:
Postar um comentário