Comemorando o dia de São Luiz Gonzaga,
queremos rezar por todos os seminaristas da Diocese de Toledo
para que Deus continue iluminando e abençoando suas vocações, e que
a exemplo de São Luiz Gonzaga, possam testemunhar
com alegria o amor de Deus.
São Luiz Gonzaga
Modelo de pureza,
coerência e desapego. Patrono da juventude, Padroeiro dos Seminaristas São Luís
Gonzaga aliou a nobreza de sangue à santidade, comemorando-se sua festa no dia
21 deste mês. Morreu como escolástico da Companhia de Jesus aos 23 anos, em função
da peste de Tifo pelo seu cuidado para com os doentes de Roma.
Luís Gonzaga nasceu
em 09 de março de 1568. Era filho de um importante príncipe do Império Romano
Germânico. Aos 5 anos de idade, o pequeno Luis já usava uma couraça, com
escudo, capacete e cinturão com espada, marchando atrás do exército do pai.
Quando tinha 10 anos,
numa ausência do pai, recebeu certo dia em Castiglione o Cardeal-Arcebispo de
Milão, São Carlos Borromeu. Este ficou encantado com sua pureza e santidade,
tendo declarado “que jamais encontrara jovem que em tal idade atingisse
tão elevada perfeição”. Ele mesmo administrou-lhe a Primeira Comunhão,
aconselhando-o a praticar a comunhão freqüente e a leitura do Catecismo
Romano.
Sua infância
transcorreu de castelo em castelo, de corte em corte, de festa em festa,
mantendo, contudo, sempre o coração ancorado em Deus. Provou, assim, que era
perfeitamente possível cultivar a santidade em meio aos esplendores da nobreza.
Com efeito, aos 12 anos já atingira alta contemplação. Para isso foi de muita
ajuda um livro de São Pedro Canísio, apóstolo da Alemanha. A meditação e a
contínua oração tornaram-se para ele quase uma segunda natureza.
Um de seus criados
poderá afirmar: “Todos seus pensamentos estavam fixos em Deus. Fugia dos jogos,
dos espetáculos e das festas. Se dizíamos alguma palavra menos decente,
chamava-nos e repreendia-nos com toda doçura e gentileza”. Luís afirmaria mais
tarde: “Deus me deu a graça de não pensar senão no que quero”. E por isso tinha
um domínio total de si mesmo.
Em 1581 Luís foi
levado pelo pai para a Espanha, para ser amigo e acompanhante dos príncipes
herdeiros do trono espanhol. Mas Deus tinha sobre ele outros desígnios. Na
corte de um dos mais poderosos soberanos da Terra, afirma-se no coração de Luís
o desejo de apartar-se do mundo e dedicar-se totalmente a Deus. Tendo cumprido
já os 16 anos, decidiu falar sobre isso com seu pai. O marquês, que encantado
com as qualidades do filho augurava-lhe um brilhante porvir no mundo,
respondeu-lhe com um forte não.
Para tentar impedi-lo o seu pai o enviou
de volta para a Itália, com missão junto a vários príncipes. Esperava que, em
meio àquela vida luxuosa da nobreza italiana morresse no filho o desejo de
fazer-se religioso. Luís foi brilhante, com tanto êxito nas várias tarefas que
o pai mais se firmou no desejo de tê-lo como seu sucessor.
Mas, à força de
muitas súplicas, o princípio cedeu. E Luís — tendo também, como príncipe do
Sacro-Império, obtido a permissão do Imperador — pôde abdicar de todos seus
direitos dinásticos em favor de seu irmão Rodolfo, e assim entrar no noviciado
da Companhia de Jesus em Roma, aos 18 anos incompletos.
Dentro do noviciado
jesuíta, Luís continuou a ser motivo de edificação para todos, como já fazia
antes. Seus superiores não tiveram senão que moderar o seu fervor e pôr limites
às suas grandes penitências. Para ele, era uma alegria sair pelas ruas de Roma,
com um saco às costas, pedindo esmolas para o convento. Era também enviado a
ajudar na cozinha e na limpeza da casa. A alguém que lhe perguntou se não
sentia repugnância em fazer atos tão humildes, respondeu que não, pois tinha
diante dos olhos a Jesus Cristo humilhado pelos pecados dos homens, e a
recompensa eterna que Ele dá àqueles que se rebaixam por amor a Deus. Tinha
grande apreço pelos estudos, pela vida de oração e pela obediência aos seus
superiores.
Por ocasião da grande
peste de Tifo, os jesuítas abriram um hospital em Roma e a Luiz foi permitido
ajudar os pacientes, banha-los e cuidar deles. Eventualmente ele contraiu a
praga e surpreendentemente sobreviveu após receber os últimos sacramentos era
21 de junho de 1591, morreu ainda seminarista com 23 anos de idade.
Em 1605 o papa Paulo
V (5º) beatificou Luís e em 1726 o papa Bento XIII (13) tornou Luís Gonzaga
Santo.
Proclamado pelo Papa
Pio XI, em 1926, modelo e protetor da juventude. E a tradição da Igreja fez
dele o padroeiro dos seminaristas.
Oficialmente não há
nenhum pronunciamento da Igreja fazendo de Luís Gonzaga padroeiro dos
seminaristas. Mas é verdade que como a formação do clero diocesano esteve nas
mãos dos jesuítas por um longo tempo, principalmente na América Latina e como
São Luís faleceu ainda um formando, um seminarista mesmo que de uma ordem
religiosa, era ainda estudante de teologia e em função de suas tantas virtudes
os jesuítas propagaram tal devoção colocando o jovem Luís como modelo de todos
os seminaristas. Assim foi a tradição que fez de Luís Gonzaga padroeiro de
todos os seminaristas.
Ele tinha um grande
amor por Nossa Senhora e uma paixão imensa por Nosso Senhor. Seu zelo e ardor
apostólico fez com que renunciasse a todos os seus privilégios como herdeiro de
uma família riquíssima e nobre. Os colegas testemunhavam dele que buscava a
perfeição em todas as pequenas tarefas diárias dadas pelos formadores no seminário.
Era muito aplicado nos estudos.
Quando explodiu uma
grande epidemia de Tifo em Roma, pediu aos superiores para ajudar a cuidar dos
doentes no hospital que os jesuítas tinham criado em Roma. Luís estudava
teologia pela manhã na Universidade Gregoriana (Colégio Romano) e pela tarde ia
cuidar dos doentes, foi ali que adoeceu e morreu feliz por ter aproveitado ao
máximo cada momento de sua etapa de formação. É um modelo para todos nós
seminaristas e para todos vocês, vocacionados. Sejam corajosos como São Luís
Gonzaga o foi. Jesus quer jovens corajosos, aventureiros com um coração
inflamado pelo seu amor e pelo desejo de fazê-lo conhecido em toda a parte.
Hoje nossa missão é darmos o máximo de nós na vida diária do seminário e vocês
que se preparam para vir ao seminário são convocados por Nosso Senhor a serem
testemunhas dele, aí onde estão. Continuem vindo no Kairós e aqueles que
desejarem vir falem conosco, sejam bons alunos na escola, bons filhos, bons
amigos e serão grandes Sacerdotes!
Ó São Luis Gonzaga intercedei
junto a Deus por todos os nossos seminaristas e por nós para que tenhamos a
coragem necessária para ingressar no Seminário e sermos seminaristas exemplares
como tu foste.
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