sexta-feira, 28 de junho de 2013

Liturgia Dominical: 13º domingo do Tempo Comum


Tu és Pedro e eu te darei as
chaves do Reino dos Céus.


            Pedro, o primeiro Papa da Igreja, tem as chaves recebidas do próprio Cristo antes de sua ascensão. Na passagem de hoje, vemos Herodes sentindo seu poder ameaçado, uma vez que o número de cristãos crescia consideravelmente, e esses se uniam contra a maldade do governo, buscando boas condições de vida para todos.
            A proposta cristã de igualdade entre os filhos de Deus, e uma vida pós-morte terrena, onde há apenas o bem, sempre agradou a quem ouvisse. Muitos acreditavam nas apalavras dos apóstolos e discípulos de Jesus, pois viam o que eles pregavam era bom, além disso realizavam milagres curando doentes e auxiliando a todos que necessitavam.
            Isso, obviamente, incomodou o rei, já que o povo estava seguindo os preceitos divinos e não mais os do rei, em certas ocasiões, corrupto. A alternativa que Herodes encontra para acabar com isso é matando Tiago, o que acaba por agradar os judeus, pelo menos a parte que recusava a converter-se acreditando que Jesus é o Messias, e dizer que Jesus é o Messias era considerado uma calúnia ao judaísmo, por isso felicitam-se com a morte de Tiago.

            Herodes percebe essa felicidade. O rei ao ver Grande parte dos judeus felizes com a morte de um cristão e apóstolo, decide assassinar Pedro também, tendo em mente que todos o temeriam e o respeitariam como soberano, uma vez que Pedro é o maior entre os apóstolos.
            Deus sempre olha por seus filhos. Deus nunca nos esquece e sempre olha por nós, seus filhos, no nosso cotidiano. Assim Deus faz com Pedro, que estando preso e prestes a morrer por sua fé não se entrega e permanece firme no seu chamado e na esperança. Não sendo decepcionado, Pedro é abençoado com a libertação da prisão. É isso que Deus faz com aqueles que o ama e n’Ele esperam e confiam, livra-nos do mal, protege nossa vida do perigo da morte, não apenas uma morte carnal mas também da morte de espírito, que é a falta de fé, a incredulidade. Assim como Pedro é conduzido por um anjo de Deus, nós também o somos, o nosso anjo da guarda, que estando na glória de Deus, procura nos conduzir ao céu, para que também nós entremos na glória de Deus.
            Vemos isso também no salmo trinta e três (33): “Provai e vede quão suave é o Senhor!/ Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!” Deus nos quer junto de Si, e isso sabemos, pois Ele sempre nos ampara, com o único motivo: o AMOR que Deus sente por nós. Todavia, Deus não nos obriga a gostar d’Ele, pelo contrário, nos dá a liberdade para fazermos isso. “Provai” diz o salmo, a maneira que temos de conhecer Deus é provendo do seu amor, provando do seu cálice e se necessário morrer aqui na Terra, assim como muitos cristãos já fizeram, pois isso o que importa realmente não é aqui, mas a outra vida, a vida eterna.
            Assim como Paulo, na carta a Timóteo afirma: “(...) a coroa da justiça, que me dará o Senhor, justo Juiz, (...) e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor”. Nesta carta, Paulo pede que Timóteo viva intensamente o amor de Deus, que Timóteo não apenas experimente, mas que faça dos ensinamentos de Jesus o guia para as suas ações, da mesma forma que nós devemos fazer também. E que juntos possamos entrar no descanso eterno.
            É possível tudo isso? Com certeza sim caro leitor, pois sabemos que Deus nos livra de todo obra maligna, nos protege e nos guarda, conforme 2Tm, 18a.
            As leituras de hoje referem-se todas a Pedro. Cristo sabe antes de todos que Pedro, é que deveria dar continuidade a Igreja de Deus, por isso dá a ele a responsabilidade e o poder de chefe dos apóstolos e da Igreja. Pedro é quem deveria cumprir esse papel, essa é sua vocação e ele aceita prontamente. Pedro é uma peça fundamental para a existência da nossa Igreja e nos deixou um exemplo de servidão, um exemplo de coragem e maturidade a ser seguido, pois assim com Pedro imitou a Cristo, nós também devemos imitar Cristo, aponto de entregarmos nossas vidas pelo causa do Evangelho se preciso for. Deus nos quer junto d’Ele, e nós, queremos de fato estar junto de Deus?






Valbert Luíz Cortarelli Júnior
Seminarista de Filosofia

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